Uma obra pode levar a muitas reflexões e emoções por nos trazer sensíveis abordagens. Obrigado, Rapazes consegue imprimir isso com camadas dramáticas e muito potentes. O longa conta a história do ator de teatro desempregado Antonio que aceita ensaiar teatro na prisão. Ao descobrir o talento dos presidiários, ele decide ensaiar “Esperando Godot” e os detentos descobre que existe uma esperança de redenção no seus caminhos. 

A história é muito bem construída com uma edição super ágil que consegue ser bastante direta nos episódios e pelo arco narrativo que mescla emoção com uma série de acontecimentos que ocorrem durante todo o filme. A atuação de Antonio Albanese como o protagonista do longa é impactante. 

Outro ponto que torna a produção interessante é que o filme não é óbvio porque as tensões persistem durante todo o drama, mesmo nos momentos mais “felizes” e ajudam a tornar imprevisível para o espectador o desfecho. O final é muito bem construído e conseguiu unir o emocionante e o fortemente dramático em uma obra só. 

É uma produção que fala da esperança que a ressocialização traz na vida de detentos. Ao levar arte, cultura, educação e oportunidades de uma nova vida após a prisão, a ressocialização traz impactos a sociedade. Mesmo com todos os desafios, é o caminho e isso é abordado com o filme com muita sensisibilidade e simplicidade. É comovente e consegue passar todas as emoções possíveis ao público, além de ser um filme tecnicamente bem produzido e correto.

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