O Melhor Está por Vir retrata a história de um cineasta que desesperadamente quer concluir um filme sobre o Partido Comunista Italiano na década de 1950 durante o período da invasão soviética da Hungria, décadas depois do fato. O tempo, as formas de fazer cinema e a geopolítica mudaram e ele encontra novos obstáculos para a produção, além de uma crise familiar. É um filme sobre o cineasta e sobre cinema.

A história tem um roteiro consistente, que consegue ser autoral, com doses de emoção, ação e de drama de um cineasta em busca de um sonho. O fato do diretor Nanni Moretti atuar no longa incrementa no tom de originalidade e sonhador que a trama busca ter. Uma edição muito correta e com atuações no tom que o filme pede.

É uma obra que é para quem gosta de cinema em um olhar mais profundo e humano porque expõe os desafios e dilemas de um diretor em momentos complexos. Não é uma produção extraordinária, ela é simples e tem este propósito para reforçar o amor pela sétima arte com simplicidade, mas mergulhando em diversas camadas.

O aspecto sentimental é o que prevalece em O Melhor Está por Vir, além da paixão por cinema. É a busca por desconstruir conceitos, tentar reverter situações difíceis e a busca por novos horizontes, por um amanhã melhor. Um mantra humano que conseguiu ser matizado em uma produção autoral, simples e bastante apaoxinada do começo ao fim.

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