2017 é o ano em que a Mulher-Maravilha completa 75 anos de existência. E, para comemorar essa data, chega aos cinemas o filme da heroína estrelado pela atriz israelense Gal Gadot.
Um longa-metragem da princesa Amazona estava nos planos da Warner desde a década de 1990 e cogitou-se até a aparição da personagem em um episódio da série Smallville (2001-2011). No entanto, isso não foi possível, pois seus direitos autorais só poderiam ser usados em um filme.
Antes de Gal Gadot usar o uniforme da heroína, outas atrizes interpretaram a Mulher-Maravilha na TV. A primeira tentativa de adaptá-la para uma versão live-action, ocorreu no ano de 1967, no episódio-piloto, Who’s afraid of Diana Prince (Quem tem medo de Diana Prince?). Na trama, Diana é uma jovem apaixonada por Steve Trevor que, ao entrar em um compartimento secreto de seu quarto, transforma-se na Mulher-Maravilha e salva seu amado de uma tempestade. No episódio, Diana era interpretada por Ellie Wood Walker e, quando passava a ser a heroína, quem assumia o papel era a atriz Linda Harrison.
Na época, o produtor William Dozier tentou criar um seriado da Mulher Maravilha de uma forma cômica, seguindo o modelo da clássica série Batman (1966-1968), estrelada por Adam West e Burt Ward. Porém, a trama bem-humorada não agradou, e o seriado não aconteceu.
No ano de 1974, houve mais uma tentativa de adaptar a personagem a outra série. Desta vez, a Mulher-Maravilha foi interpretada por Cathy Lee Crosby. Nessa versão, a heroína não usava seu clássico uniforme e era uma espiã do governo. Apesar de não ser totalmente fiel à personagem, o filme deu uma boa audiência, o que fez os produtores elaborarem um seriado, só que, desta vez, fidedigno à princesa Amazona.
A primeira etapa foi encontrar uma ótima protagonista e, nas audições, Lynda Carter foi escolhida. A atriz quase perdeu o papel. Alguns produtores acreditavam que sua pouca experiência poderia ser um ponto negativo, visto que a ex-modelo só contava com um filme em seu currículo, o longa Os Anjos e o Marginal (1976).
Porém, Douglas S. Cramer, um dos chefes da produção, ficou impressionado com a beleza de Lynda Carter e convenceu seus colegas a contratarem a atriz.
Como resultado, o seriado foi um grande sucesso e tornou-se um marco na TV. Lynda Carter conquistou o público e, até hoje, é considerada a Mulher-Maravilha definitiva. Um destaque da série era o jato invisível da personagem e, também, o momento em que Diana transformava-se na heroína ao dar algumas voltas.
Com o fim do seriado, houve tentativas fracassadas de realizar versões live – action da princesa Amazona. Uma delas ocorreu em 2011, quando a atriz Adrianne Palicki gravou um episódio de uma nova séria para a NBC. Apesar de ter uma boa direção, bons efeitos especiais e a presença de uma bela protagonista, o projeto foi cancelado.
Curiosamente, no mesmo ano, a atriz Erica Durance, que interpretou Lois Lane no seriado Smallville, viveu a Mulher-Maravilha em um episódio da série Harry’s Law. Sua personagem sofria de delírios e acreditava ser a heroína da DC Comics.
Após muitas especulações, finalmente a Mulher-Maravilha chega aos cinemas e a atriz Gal Gadot fica, então, com a difícil missão de conquistar o público. Vale lembrar que produções cinematográficas protagonizadas por heroínas não alcançaram sucesso. Um exemplo disso são os filmes Mulher-Gato (2004) e Elektra (2005), que receberam críticas negativas e péssimos resultados nas bilheterias.
Porém, para alegria de Gal Gadot, o longa da princesa Amazona, até o momento, tem sido muito elogiado por fãs e críticos. Houve especulações por parte da mídia que o filme poderia arrecadar cerca de U$$ 225 milhões de dólares, mas, surpreendentemente, já rendeu U$$ 223 milhões somente em seu final de semana de estreia.
Depois de anos de espera, Diana Prince chegou à tela grande conquistando multidões, o que indica que próximas aventuras da Mulher-Maravilha estão por vir.
