O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet) / Suécia, 1957. 96 min. / Direção: Ingmar Bergman / Com: Max Von Sydow, Bibi Andersson, Gunnar Björnstrand, Bengt Ekerot

O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet no original) um dos mais aclamados filmes do diretor sueco Ingmar Bergman – vencedor do prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1957.

A trama acompanha a jornada do cavaleiro Antonius Block (Max Von Sydow) e seu fiel escudeiro Jöns (Gunnar Björnstrand) que retornam das Cruzadas para uma Suécia devastada pela peste negra e pela Inquisição. Ao seu redor apenas sofrimento e destruição. Em suas andanças, Antonius encontra a Morte (Bengt Ekerot), que o desafia para uma partida de xadrez.

O filme celebra a arte cinematográfica explorando temas como religião, morte, fé, existência de Deus, solidão e relacionamentos, comuns na obra do cineasta. Bergman nunca se preocupou em contar uma história que não fosse repleta de conceitos psicanalíticos e por isso seus filmes, até hoje, não perderam o viço imagético. A austera fotografia em P&B de Gunnar Fischer (parceiro em vários filmes de Bergman) destaca o isolamento emocional dos personagens que representam cada uma das vertentes dos pensamentos sombrios e fatais de um apocalipse medieval. As questões espirituais que atormentam o ser humano são sublinhadas por uma misteriosa paleta de imagens e sombras resultando em quadros de incrível beleza.

Bergman trabalha com símbolos e elementos da arte medieval como um exercício de introspecção da alma humana, mas o principal foco é a inevitabilidade da morte que um dia virá para todos nós, tornando “O Sétimo Selo” uma obra sempre atual e pertinente.

Aqui a palavra “clássico” é empregada com a autoridade de um cineasta interessado nos desdobramentos dos valores humanos, tornando este filme obrigatório para aqueles que curtem a sétima arte.

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