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Crítica: Meu Casulo de Drywall

Lucas Furtado

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Meu Casulo de Drywall é um filme que aborda temas muito sensíveis de maneira aberta e forte. Solidão, luto, depressão, suicídio são alguns dos tópicos que são apresentados em uma história muito triste. O filme de Caroline Fioratti traz uma importante mensagem sobre cuidados de saúde mental e é necessário.

Virgínia ganha uma festa de aniversário de 17 anos na cobertura do prédio onde vive. Tudo parecia ser mágico, mas dentro de si inúmeras tensões correm ao longo da noite. No dia seguinte, ela é encontrada morta e sua mãe Patrícia busca respostas para o seu falecimento em meio a um forte luto. Luana, a melhor amiga, se sente culpada pela morte dela, Nicollas, o namorado, tenta esquecer da noite e Gabriel guarda um segredo sobre a noite que pode ser revelador.

O filme tem ótimas atuações de seu elenco. Eles conseguem mexer com os sentimentos do público em uma história tão forte e que desperta gatilhos no público. É impossível não se impactar com a produção e com sua história.

A atuação de Bella Piero como a Virgínia é tocante e ela se destaca na produção. Maria Luisa Mendonça também tem uma boa participação como a mãe de Virginia e emociona o público com um final chocante sobre a causa da morte da filha.

A construção da trama é muito bem elaborada mesclando momentos da festa com o dia seguinte em uma mistura correta. O público consegue entender o contexto, mas também sente o peso muito grande desta produção.

O grande mérito de Meu Casulo de Drywall é trazer a discussão de saúde mental e da necessidade de ajuda em momentos difíceis de maneira direta. No desenrolar da história, notamos que aparecem tópicos que são duros, mas que precisam ser abordados. Não apenas entre adolescentes e pais como é o foco do filme, mas em toda a sociedade.

Caroline Fioratti mostra no filme que certas coisas nem sempre estão normais como se parece e mexe com o público na investigação das causas. A realidade é mostrada de uma forma visceral e que faz pensar da importância de pedir ajuda quando não estamos bem.

Tecnicamente o filme é perfeito com boas atuações, um roteiro funcional e impactante, una fotografia forte e uma trilha sonora adequada. Qualidades que somadas ajudam s atender os objetivos que a produção deseja ao público.

E é importante destacar que está combinação pode acontecer sem perder a empatia e a sensibilidade e o filme consegue fazer isso. Cria uma conexão muito forte com o público na diálogo sobre o assunto sem cair em uma exploração barata sobre o caso e essa sensibilidade notamos nos diálogos da história. É uma mistura delicada de ter sensibilidade e visceralidade unidas, mas aqui foi feita corretamente.

O debate sobre a saúde mental está em voga na sociedade e o filme tem este serviço fundamental de poder trazer um triste, honesto, duro e profundo relato. É pesado, mas é um filme necessário como também é essencial falarmos e conversamos sobre o assunto. É como é dito pela mãe da Luana a filha após uma conversa sobre a noite anterior: “você não está só”.

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