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Críticas

Crítica: O Estranho

Lucas Furtado

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O Estranho tem uma trama que aborda muito as relações ancestrais de um lugar que acabou sendo transformado. O Aeroporto de Congonhas é o ponto da história onde Alê ao conversar com pessoas busca as raízes deste ponto. Antes do local se tornar o principal ponto de chegada a São Paulo por via aérea foi uma comunidade indígena. A produção traz o reavivamento da história da região e exalta esta origem.

A produção tem uma história com um ritmo que tem um desenvolvimento seguro, com diálogos que ajudam a dar uma boa condução a história até o ápice da história. Contudo, a trama teve dificuldades para fazer um gancho adequado na transição do meio para o fim do filme. Essa virada é super importante para o desfecho, mas na produção foi absolutamente brusco. Isso pode deixar alguns espectadores confusos, apesar da sinalização do que o longa é no seu começo.

Há bons pontos que devem ser destacados como a fotografia que foi perfeita na produção. Em uma obra com cenários que são completamente distintos, a qualidade desta área ajuda a elevar a qualidade. Neste caso, o objetivo é alcançado com êxito. As imagens das tribos indígenas e o relato da vivência de diversas comunidades é vital para falarmos da diversidade de tribos que o Brasil tem.

Outro grande destaque da trama é a atuação de Larissa Siqueira como a protagonista Alê. Ela conseguiu se impor com a simplicidade e a busca incessante pelas origens do local que não podem ser apagadas. Sua interpretação ajuda a dar visibilidade a esta importante história e abrilhanta o filme.

O Estranho é uma produção que tem um mérito importante: trazer a tona um relato que não pode ser esquecido e a importância de preservar a memória e as tradições destas populações. Apesar de problemas na transição da parte intermediária para final, a produção dá conta do recado e traz uma história com uma importante mensagem.

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