Ao longo dos últimos anos, a impressão dada é que Ben Afleck tem tido bom senso quando escolhe um papel, tanto como ator como diretor, a exemplo do oscarizado “Argo” e do sensacional “Garota Exemplar”. Agora, mais uma empreitada que tem dado bastante certo, o longa “O Contador”.
No filme, Ben Afleck interpreta Christian Wolff, um contador especialista em caixa dois que possui clientes de alta periculosidade. Além da grande facilidade com números, ele convive com o autismo desde criança, quando foi diagnosticado com essa enfermidade. Por conta disso, seu pai fez com que ele e seu irmão (Jon Bernthal, de Walking Dead), se especializasse em artes marciais para poder se defender de quem quisesse se aproveitar das aptidões de Christian.
O filme é uma mescla de várias histórias, mas que se amarram perfeitamente graças ao ótimo roteiro de Bill Dubuque. Outro ponto interessante é o fato de que, justamente a construção da história não deixa que se compreenda de imediato a mente de Christian Wolff, um homem frio e, ao mesmo tempo, cordial com quem quer ajudar e que ele sinta alguma afinidade pois, como ele mesmo disse, “Tenho dificuldade de me socializar”, por conta de sua doença, em que todas as etapas de seu tratamento são mostradas através de cenas de flashback.
Aliado a isso, podemos ressaltar o elenco estelar, que estava perfeitamente sintonizado no decorrer da história. Além da belíssima atuação de Ben Afleck, podemos destacar Anna Kendrick como sua colega de trabalho, Jon Bernthal como seu irmão e J.K. Simmons como Agente do Tesouro, que está na cola do protagonista.
Podemos dizer que Ben Afleck tem se superado a cada papel que lhe é imposto, e esse longa é mais uma prova do seu talento. Recomendo o ingresso.
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