O reino de Israel vive um período de guerras. Para vencê-las, o rei David conta com seus bravos guerreiros. Dentre eles, um se destaca, Uriah, o Hitita. É valente, íntegro e totalmente leal ao rei.

Certo dia ao retornar de uma batalha, David, do alto de seu palácio, avista a bela Betsabá se banhando na casa ao lado. O rei fica fascinado com a beleza da moça e por ela se apaixona, mesmo sabendo que é a esposa de seu fiel soldado Uriah.

David e Betsabá vivem um romance proibido. Porém ela engravida. Ambos sabem que o adultério é contra as leis de Deus e, se descoberto, esse ato pode causar a revolta do povo de Israel. David então elabora um plano ousado e cruel. Ele ordena que Uriah seja levado para a parte mais violenta da guerra e seja abandonado para morrer.

Tudo ocorre de acordo com o planejado e Betsabá, agora está livre para se casar com o rei. Porém, este ato não agradou o coração de Deus e trouxe terríveis consequências sobre Davi e seu Reino. Agora, ele terá de fazer uma escolha: Viver uma vida de perversidade ou ser amigo de Deus.

David e Betsabá faz parte dos filmes bíblicos de Hollywood durante a década de 1950 e 1960. Naquela época muitos estúdios decidiram investir em épicos. Assim, passaram a adaptar as histórias do livro sagrado em superproduções como Os Dez Mandamentos (1956), O Manto Sagrado (1953), O Rei dos Reis (1961) e Ben-Hur (1959).

Hollywood realizou diversos filmes bíblicos durante a década de 1950 e 1960

David e Betsabá não consiste apenas em uma produção épica, mas sim em um drama psicológico. O diretor Henry King, diversas vezes, mantém a câmera focada em Gregory Peck, ressaltando o drama vivido por seu personagem.

O roteiro aborda diversos questionamentos que continuam presentes na sociedade atual, tais como: Deus é um soberano cruel ou um ser bondoso? O ser humano deve pagar por seus erros ou é digno de perdão? 

 O filme retrata David, não como um grande herói de uma narrativa épica, mas sim, como um ser humano repleto de tormentos, falhas e arrependimentos. 

A produção recria de forma belíssima uma das passagens mais impactantes da Bíblia Sagrada. Gregory Peck entrega uma brilhante interpretação. Em um dos momentos marcantes do longa, o ator declama o Salmo 23 ao som de sua harpa, o que pode levar o expectador às lágrimas.

“Homem algum jamais conhecerá a real natureza de Deus. Mas Ele nos deu um breve momento de Sua face”  (Profeta Natã)

Não perca este clássico da sétima arte.

David e Betsabá / EUA/ 1951/ 20TH Century Fox / Direção: Henry King/ Elenco: Gregory Peck, Susan Hayward, Raymond Massey, Kieron Moore e James Robertson Justice.

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