Cujo / Eua, 1983. 93 min /Direção: Lewis Teague / Com: Dee Wallace, Daniel Hugh Kelly, Danny Pintauro

 


“Cão da raça São Bernardo contrai raiva e toca o terror num pequeno vilarejo”. Por essa pequena sinopse não há como avaliar a abrangência que o livro de Stephen King possui, escrito num dos piores momentos da vida do autor.
“Cujo” fala sobre o desmoronamento de duas famílias de classes opostas – uma de classe baixa (caipiras) e a outra de classe média alta, ambas com sérios problemas de afeto e comunicação. O elo é o cão enraivecido que se vin
ga do marido alcoolizado e grosseiro e da esposa adúltera e arrependida mas acaba sendo punido com a promessa de um novo recomeço familiar.

Lewis Teague consegue extrair momentos de extrema tensão em uma produção com alguns limites técnicos. A câmera giratória dentro de um carro é um primor de edição e apesar do final abrupto e conservador há um sabor de “quero mais”. Stephen King declarou que Dee Wallace foi a melhor atriz de suas personagens, passando por cima de Kathy Bates em Misery.
“Cujo” merecia uma refilmagem (ou releitura) trazendo para o século 21 toda a angústia da incomunicabilidade e o acúmulo da raiva pestilenta que assola a humanidade em momentos de transição

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