A Hora da Estrela / Brasil. 1985. 96 min/

Direção: Suzana Amaral

Baseado na obra da imortal Clarice Lispector

Estrelado por Marcélia Cartaxo

Em homenagem ao centenário (2020) da inesquecível Clarice Lispector , escritora renomada que tocava a alma das pessoas e “A Hora da Estrela” não foi escolhida aleatoriamente pois além de ser a última obra datilografada pela renomada escritora pouco tempo antes do seu falecimento (1977). Clarice nos encantava, pois colocava a alma no papel.  A saga desta heroína, relativamente comum, conta a história de uma retirante que sai de sua cidade natal em busca de novas oportunidades na cidade grande.

 

A adaptação do livro foi feita pela saudosa cineasta Suzana Amaral que assinou o roteiro junto com Alfredo Oroz para as telas de cinema (1985). A diretora consegue capturar a essência de Macabéa, na pele de Marcélia Cartaxo, a jovem órfã de 19 anos que se muda para São Paulo (SP) mesmo com pouco estudo para tentar uma chance como datilógrafa. Apesar de morar num casebre deplorável com outras moças com quem divide o quarto, a sonhadora Macabéa prefere ficar sozinha no seu canto.

 

No clássico, a protagonista tem um romance com o também conterrâneo, o operário Olímpico vivido pelo veterano José Dumont, mas o namoro é tão insosso que não vai adiante e ele acaba trocando a “cabelo na sopa” por Glória (Tamara Taxman), a colega de trabalho, que se sente culpada pelo fim do relacionamento de Macabéa, depois de ter seguido as recomendações da cartomante interpretada por Fernanda Montenegro, considerada “monstro sagrado” da dramaturgia brasileira. Glória depois de seduzir o namorado dela, resolve marcar uma consulta para Macabéa e sai de lá tão eufórica com as revelações feitas pela vidente que pela primeira vez assistimos Macabéa suspirar de alegria, mas por ironia do destino, a mocinha sofredora ainda em estado de êxtase é atropelada por um automóvel, se despede do mundo para sempre e vira estrela!

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