O Homem da Capa Preta (1986)

O Homem da Capa Preta / BRA, 1986. 01h5min04seg/ Protagonista/Anti-herói: José Wilker

A obra cinematográfica narra à trajetória de vida do menino: Natalicio Tenório Cavalcanti que saiu do sertão nordestino depois de presenciar o assassinato do pai com um tiro a queima roupa, enquanto o ensinava a tocar sanfona e logo após este episódio abre na figura emblemática do político Tenório Cavalcanti onde veterano José Wilker (1944 – 2014) incorporou o mito do povo, temido pelos adversários.

O roteiro escrito peolos saudosos José Louzeiro e Tairone Feitosa em parceria com o diretor Sérgio Rezende mostra quanto mais à popularidade de Tenório aumenta junto às massas que o acompanham em seus comícios, pois não apenas promete, cumpre, a palavra dele vale. É um típico anti-herói que não foge a luta e sim encara. Tenório nunca ataca primeiro, ele apenas se defende.

O filme é escuro e sombrio como o destemido Homem da Capa Preta que só saca à metralhadora “Lurdinha” da qual apelidou carinhosamente e em casos extremos usa, para defesa própria. Mesmo tendo tomado inúmeros tiros durante a vida, sempre afirmou ter o corpo fechado e não temer seu destino que já estava traçado desde o nascimento. Além de ser casado, muito ligado às filhas e fiel aos seus princípios, tem um fardo muito turbulento, mas consegue ter fiéis escudeiros: como o líder comunitário (Manezinho) e o jornalista (Adolfo) que o orientou a fundar o jornal: “Luta Democrática”, usado como ferramenta para atacar seus adversários políticos, especialmente o presidente da república da época: Getúlio Vargas. O jornal chegou a ficar entre os principais periódicos do Rio de Janeiro.

Os projetos do Homem da Capa Preta não param por ai e ele não se contenta apenas de ser mais um líder político popular, almeja passos maiores que assembleia legislativa e câmara federal e sim ser governador do estado do Rio de Janeiro, mas não consegue realizar.

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