Margot Robbie é Barbie em novo filme (Foto: Reprodução)

“Loucas em Apuros” (Joy Ride) tem sessões antecipadas a partir desta quinta, 20 de julho, dia da estreia de “Barbie”. Contudo, o primeiro só estreia mesmo em 04 de agosto. Como já vi os dois, posso opinar. Sim, aparentemente, minha visão pode ser vista como polêmica.

Inicialmente, são dois filmes que exaltam o protagonismo feminino. “Barbie” é da aclamada diretora feminista Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”) e usa da icônica boneca para criticar o sistema que sempre ajudou a manter e ampliar. Com uma grande leveza, muito bom humor, e uma metalinguagem afiada e surpreendente, é um filme regular, que faz rir muito.

Entretanto, “Loucas em Apuros“, da diretora Adele Lim, é mais como um besteirol típico, arranca gargalhadas, e até pode ser visto como mais feminista que “Barbie”, sem levantar bandeira de forma tão clara. Afinal, em “Loucas” vemos um grupo de mulheres asiáticas praticando a liberdade de várias formas, inclusive, e, em especial, sexualmente. Ainda por cima, fornece pitadas de drama que podem emocionar, como no ato final.

Jornadas loucas em apuros

“Barbie” viaja por outra jornada, tentando reinventar um símbolo e brincando com os próprios estereótipos o tempo todo. Ambos trafegam pela estética do absurdo, de maneiras diferentes. “Barbie” ganha de longe no quesito direção de arte, com um show rosa e lúdico, mas perde no sentido de gerar risos, apesar de, indubitavelmente, ser bastante divertido. Entretanto, a direção de arte de “Loucas em Apuros” também é bonita, com belas sequências de K-Pop, por exemplo. Os dois contam também com cenas de dança, momentos musicais marcantes e bem conduzidos, sendo destaque a com Ryan Gosling e Simu Liu, os Kens principais no longa da loira.

No quesito reflexão sobre a sociedade em que vivemos, “Barbie” foca nisso de forma contundente, aberta e direta, enquanto “Loucas em Apuros” tem isso mais como pano de fundo. Contudo, as duas obras trazem a busca por um auto-conhecimento. O primeiro, a princípio, funciona melhor para provocar uma análise do sistema em que estamos inseridos.

Por fim, todos funcionam para o que se colocam, e são boas aventuras de entretenimento, porém, “Loucas em Apuros” eu veria de novo; “Barbie“, não.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui