O ano de 2016 foi bastante proveitoso para os fãs de cinema e quadrinhos. Continuando a tendência que parece não acabar tão cedo (apesar de alguns dizerem que essa onda já apresenta sinais de esgotamento) as adaptações para o cinema de personagens vindos dos gibis continuam a ser produzidas com orçamentos e produções bem mais generosas do que há tempos atrás e arrastando multidões que garantem seu sucesso nas bilheterias. É claro que nem todos os filmes tiveram a mesma qualidade e, por isso, foi criado esse ranking para mostrar quem foi bem e quem foi mal, do pior para o melhor. Sem mais delongas, vamos à lista:

6) “Esquadrão Suicida” (Suicide Squad)

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Lançado  poucos meses depois de “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça”, o filme dirigido por David Ayer (“Coração de Ferro”) se tornou um dos mais esperados do ano graças a decepção de parte da crítica e do público com o confronto entre os dois maiores heróis da DC Comics e também por ótimos trailers embalados por clássicos da música pop. Mas o resultado final ficou nada menos que frustrante e ridículo. A aventura (se é que podemos chamar assim) que reúne os (supostos) piores bandidos de todos para executar uma missão arriscada que pode acabar com o mundo tenta ser para a DC/Warner Bros o que “Guardiões da Galáxia” foi para a Marvel Studios/Disney, mas falha vergonhosamente. Pelo menos Will Smith, como o Pistoleiro, Viola Davis, como Amanda Waller e, principalmente, Margot Robbie, como a Arlequina, conseguem se salvar do desastre completo, que ainda tem Jared Leto como o pior Coringa que já surgiu no cinema. Pelo menos, o filme foi um sucesso de bilheteria e uma sequência, além de um filme derivado com a Arlequina, já foram confirmados.

5) “X-Men: Apocalipse” (X-Men: Apocalypse)

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Responsável pelos dois primeiros filmes da franquia e também do penúltimo episódio “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, Bryan Singer tinha tudo para fazer mais uma grande aventura dos heróis mutantes da Marvel, trazendo pela primeira vez para a telona um de seus mais conhecidos arqui-inimigos nos quadrinhos. Mas apesar da bem-vinda reintrodução de personagens como Ciclope, Jean Grey e Noturno, “X-Men: Apocalipse” se tornou o mais fraco filme da série, após sua reinvenção iniciada com o ótimo “X-Men: Primeira Classe”.  O vilão, interpretado por Oscar Isaac, não funciona como deveria. Além disso, o subaproveitamento de alguns personagens, a insistência em transformar a Mística de Jennifer Lawrence em heroína e o desfecho mais interessado em mostrar explosões atrás de explosões são alguns dos pecados cometidos pela produção. Boatos indicam que a Fox fará mais um reboot da franquia que, se acontecer, será depois dos lançamentos de “Logan”, o último filme de Wolverine com Hugh Jackman, em 2017, e “Os Novos Mutantes”, que pode ter Maisie Williams (a Arya de “Game of Thrones”) no elenco e com direção de Josh Boone (“A Culpa é das Estrelas”).

4) “Batman Vs Superman: A Origem da Justiça” (Batman v Superman: Dawn of Justice)

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Se há uma grande qualidade no filme de Zack Snyder, que reúne os dois mais famosos heróis do mundo, é a sua incrível capacidade de despertar polêmicas e discussões acaloradas em qualquer lugar que se fale dele. Se fosse só por esse quesito, “Batman Vs Superman” estaria no topo desta lista. Mas isso não é o bastante para dizer que a continuação de “O Homem de Aço” e o pontapé inicial para criar um universo cinematográfico da DC Comics (assim como fez a Marvel) é uma produção exemplar. Muito pelo contrário. Uma direção fora do tom, um roteiro com furos e soluções fracas que nem a edição definitiva lançada em Blu-Ray conseguiu consertar por completo e alguns atores aquém do que poderiam fazer (incluindo aqui o próprio Henry Cavill, que não conseguiu dar carisma para o seu aborrecido Superman) prejudicaram aquele que era para ser o filme definitivo de super-heróis do ano. Pelo menos Ben Affleck e Gal Gadot foram aprovados como as novas versões do Homem-Morcego e da Mulher Maravilha (que estrela um filme só dela no ano que vem). O jeito é torcer para que Snyder faça melhor em 2017 com “Liga da Justiça”.

3) “Doutor Estranho” (Doctor Strange)

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Mais uma vez, a Marvel Studios traz para os cinemas um personagem pouco conhecido do grande público, como o Homem-Formiga e os Guardiões da Galáxia. E, novamente, o resultado ficou mais do que satisfatório com “Doutor Estranho”, que introduz o universo místico criado por Stan Lee e Steve Dikto, a mesma dupla responsável pelo Homem-Aranha. Com incríveis efeitos especiais (que ficam ainda melhores se vistos em 3-D), o filme de Scott Derrickson faz uma boa adaptação da história que mostra como o médico arrogante Stephen Strange (Benedict Cumberbatch, perfeito no papel) acabou se tornando um mestre das artes místicas, embora alguns personagens tenham mudado consideravelmente em relação ao que eram nos quadrinhos. O excesso de piadas também pode incomodar parte do público, mas o excelente elenco, que inclui feras como Tilda Swinton, Chiwetel Eijofor, Mads Mikkelsen e Rachel McAdams, compensa as falhas do filme.

2) “Capitão América: Guerra Civil” (Captain America: Civil War)

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Depois de realizarem um dos melhores (para alguns, o melhor) filme do Universo Cinematográfico da Marvel, “Capitão América: O Soldado Invernal”, os irmãos Anthony e Joe Russo encaram um desafio ainda maior: adaptar para o cinema uma das sagas recentes mais cultuadas pelos fãs dos quadrinhos da Casa da Ideias, apesar de não poder contar com todos os personagens, já que alguns ainda fazem parte de outros estúdios, como o Quarteto Fantástico. Mesmo com algumas limitações, a dupla conseguiu fazer mais um ótimo trabalho com sensacionais cenas de ação, um roteiro que não deixa a peteca cair e faz muito boas introduções de novos heróis como o Pantera Negra (Chadwick Boseman, à vontade no papel) e, principalmente, o Homem-Aranha (Tom Holland, incrivelmente engraçado), que pode ter finalmente encontrado sua versão definitiva nos cinemas. Mas o que realmente impressiona é o confronto que envolve o grupo do Capitão América (Chris Evans) e o do Homem de Ferro (Robert Downey Jr) num aeroporto, com um ritmo nada menos do que empolgante, além da briga final entre os protagonistas, que acaba causando mais dor do que socos, pontapés e tiros. Resta saber o que os Russo vão aprontar no próximo filme dos Vingadores, em 2018.

1) “Deadpool” (Deadpool)

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Em 2009, Ryan Reynolds interpretou pela primeira vez o mercenário tagarela Wade Wilson em “X-Men Origens: Wolverine”. Só que a versão do personagem foi uma das muitas decepções do primeiro derivado da série dos heróis mutantes e muita gente prefere esquecer que ele fez parte do filme. O tempo passou, mas Reynolds não desistiu de Wade e conseguiu, junto do diretor Tim Miller, convencer os executivos da Fox a realizar um novo filme do anti-herói, mas do jeito que ele realmente é nos quadrinhos, com muita violência e piadas politicamente incorretas. O resultado foi que “Deadpool” acabou se tornando um dos maiores blockbusters do ano e um dos mais engraçados filmes de 2016 também, já que é quase impossível não rir desde o início, durante os créditos de abertura. Com muita anarquia, a comédia de ação desconstrói os clichês dos filmes de herói, mas também satisfaz os fãs do gênero com boas (mas não excelentes) sequências de ação. O uniforme de Deadpool é um dos mais fiéis em relação aos quadrinhos já vistos até hoje e Ryan Reynolds deita e rola como o protagonista, tanto que foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Ator em Comédia/Musical. Além disso, Reynolds faz um ótimo par com Morena Baccarin (das séries “Homeland” e “Gotham”) e a produção mostrou que um filme de heróis pode fazer sucesso, mesmo com censura elevada.

E então? Concordam? Discordam? Qual seria o seu ranking? Não deixem de opinar e Feliz 2017!!!!

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