A animação japonesa dramática “O Conto da Princesa Kaguya” do consagrado diretor Isao Takahata foi a minha crítica oficial para o site: “Cinema para Sempre” da qual faço parte da equipe e muito me orgulho. Agradeço a crítica Andrea Cursino, criadora do site pela oportunidade, pois através da confiança depositada em minha pessoa, tenho a oportunidade de analisar a sétima arte como um todo. Já na minha primeira cabine, no dia 08 de julho de 2015, me deparo com Alberto Shatovsky, ícone da crítica cinematográfica, grande referência para quem está iniciando na área.

O drama encanta não pelos seus efeitos técnicos de alta definição, mas por conseguir prender o espectador com uma história bem construída de quase duas horas, onde fator tempo nem é percebido. Ao abordar de uma forma singela a descoberta feita por um lenhador, a caminho de mais um dia de trabalho que ao cortar um pé de bambu, se depara com uma cúpula transparente onde de dentro dela surge uma criaturinha especial e a denomina de princesa. A novidade faz com que o dia a dia daquele homem simples mude completamente.

 

O longa metragem baseado na lenda do bambu possui belas imagens e mostra o cuidado do lenhador ao levar sua princesinha para casa, mas a curiosidade de sua mulher que ao tentar pegar a cúpula de sua mão, faz com que a princesa desperte e se transforme em um bebê, consagrando a sua família. Porém o desenvolvimento da doce menina é tão rápido como o crescimento de um bambu que é pontuado por uma trilha sonora bastante expressiva ao contar a trajetória do pequeno bambu, apelidado dado pelo amor despertado na infância.

 

O destino daquela moça parecia estar caminhando, mas os sinais que o lenhador tem através do bambu que encontra tecidos e ouro dentro dele faz com que abra mão de sua pacata rotina para dar uma vida de princesa a sua filha na cidade grande. Esta mudança brusca na calada da noite faz com que a princesa deixe para trás seus amigos e quebre seu romance juvenil em construção, perdendo a alegria de viver.

 

No novo lar, a família se encontra em outra realidade e isso faz com que princesa viva dentro dos padrões pré-estabelecidos pela alta sociedade e finalmente possua uma identidade própria e um nome a sua altura: Princesa Kaguya! Ao longo do tempo, ela vai perdendo sua alegria de viver por não poder mais agir de forma natural e ainda seguir as regras de sua ama e ter que escolher pretendentes que não lhe agrada, a princesa vai perdendo sua luz própria.

 

A nossa heroína cansada de viver naquela redoma e mesmo impondo sua vontade aos pretendentes que não conseguem atingir sua meta, ela entra em um estado de tristeza profunda por sentir muitas saudades da sua vidinha de antes e pede para ir embora. Esta é uma grande lição que não devemos perder nossa essência e cultivarmos sempre o nosso melhor, pois independente das coisas que temos, o nosso valor está no bem que fazemos ao nosso semelhante.

 

A grande virada é a chegada da lua para buscar a princesa, que antes de partir se despede mesmo que em sonho de seu grande amor. Porém seus pais, mesmo querendo mudar o rumo da história, nada conseguem fazer para impedir sua partida e ficam desolados com sua despedida. Num final surpreendente e muito tocante que nos faz refletir sobre o que é realmente o sentido da palavra felicidade.

 

Minha querida amiga e incentivadora!

Agradeço pela oportunidade de me iniciar nesta

magnífica área de crítica de cinema.

FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso)

A primeira crítica, a gente nunca esquece,

ainda mais ao lado deste ícone do cinema nacional

Estação Net Botafogo (08/07/2015)

 

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