O filme trata de um tema universal: Família, que já possui uma carga dramática e o que difere é a maneira de se contar a história. É pautado no drama de duas crianças que aparecem de repente na casa de uma mulher separada com uma filha adolescente. Sandra Kogut que divide o roteiro com Felipe Sholl e também dirige, começa com planos em que a figura do adulto fica em segundo plano, pois mostra somente o rosto da menina e corta o rosto dos adultos e isso nos remete a alguns desenhos animados.

 

A trama começa muito arrastada e cansativa aos olhos do espectador mas vai tomando forma quando conhecemos melhor o drama dessas crianças que chegam apenas com um bilhete na mão na casa Regina (Carla Ribas), uma mulher aparentemente fria e que possui um relacionamento conturbado com sua filha Lila (Julia Bernart) que se comove com as crianças: Rayane e Ygor, vividos por: Rayane do Amaral e Ygor Manoel, mesmo nome dos protagonistas mirins e faz a sua mãe repensar valores.

 

O título do filme: Campo Grande não possui o apelo comercial desejado, pois muitas pessoas escolhem o filme pelo nome e este título não costuma atrair a maioria. O título tem uma função narrativa importante: é quando a personagem Regina sai do mundo comum e entra no de Ygor, incentivada pela filha na tentativa de levar o menino para casa e a partir deste momento nasce uma bela amizade entre eles, um dos pontos altos da trama.

 

É um filme de baixo orçamento que pode não agradar a grande maioria que busca somente entretenimento sem reflexão, pois faz repensar valores humanos. Uma função que merece destaque é o figurino da também atriz Thaís de Campos com Diogo Costa por ser tão cotidiano e simples ao refletir seus personagens de forma clara e objetiva.

TRISTE REALIDADE

DRAMA FAMILIAR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui