Sempre, ou quase sempre, quando algum filme caracteriza a nossa infância ou adolescência, as músicas são a marca registrada em nossa memória. Em alguns casos, o registro acontece de forma tão forte, tão intensa, que é impossível o nosso HD mental não realizar o download imediato. Com isso, somos tomados por um estado de torpor, letargia mesmo, levando-nos às recordações tão gostosas, que duram rápidos segundos e minutos, contudo parecem séculos e séculos de duração, onde essas lembranças parecem vídeo clips produzidos em altíssima definição, de tão prazerosas que são.

Como escrito nesta coluna, recordando sobre os anos 80 e o filme FLASHDANCE, foram costumes, comportamentos, vestuário, estilos que definiram uma época. Em conseqüência disto, em pleno século XXI, o repertório musical é reeditado quase que espontaneamente e sem o menor pudor. Para quem viveu esta fase, é nítida a impressão que nos dias de hoje não sobrou criatividade face à época representada pela singularidade.

À proporção que demos início nesta coluna abordando a respeito dos anos 80, com os filmes FLASHDANCE e FAME (FAMA), como de costume, toda quinta-feira, citamos o filme XANADU, que foi lançado em 1980.

Sob a direção de Robert Greenwald, que comandou vários filmes retratando suspense, guerras e catástrofes (Pânico em Munique21 Hours a Munich, 1976; Milagre no GeloMiracle on Ice, 1981; Amores em ConflitoSweet Hearts Dance, 1988; Hiroshima – A Guerra da Sobrevivência / Hiroshima – Out of the Ashes, 1990; Acusação FatalAn Occasional Hell, 1996, Verdade ReveladaUncovered: the whole truth about the Iraq war, 2004, entre outros), mas resolveu variar o seu repertório cinematográfico, dirigindo um filme estilo fantasia e romance juntos.

 

 

Robert Greenwald

Para quem não sabe, XANADU causou um verdadeiro desencanto para os críticos, e também, pelo lado comercial. No entanto, um fato mais curioso, a trilha sonora foi um estrondoso sucesso mundial. Nos Estados Unidos, no famoso ranking Billboard, chegou a alcançar o quarto lugar e ainda levando o Disco de Platina Duplo. Conquistou a primeira posição na Austrália, por quase oito meses e a segunda colocação, por cinco meses, no Canadá.

Mas vamos ao enredo do filme, mexendo, inclusive, com a mitologia grega.  A deusa da dança, Kira, toma a decisão de ajudar os pobres mortais, auxiliando estes em abrir uma moderníssima casa noturna. Quem tem este sonho é o artista performático, Sonny Malone, contando com o apoio do dançarino, Danny McGuire. Descritos os personagens, apresentaremos o elenco.

Formando par com John Travolta em GREASENos Tempos da Brilhantina, dois anos antes do lançamento de XANADU, Olivia Newton John interpreta a deusa Kira. Quem encarna o personagem Sonny Malone, é o ator Michael Beck. E por último, atuando como o bailarino Danny McGuire, ninguém menos do que Gene Kelly. Devemos ainda registrar a participação de Joe Mantegna.

 

 

 

 

 

Além de atuar no filme, Olivia Newton John canta em várias canções da obra. A gravação desta trilha sonora começou em 1979, terminando no ano seguinte. E ainda dispôs da Eletric Light Orchestra na realização de várias músicas.

No repertório destacam-se as seguintes canções:

  • XANADU (Olivia Newton John);
  • Suddenly ( dueto com Cliff Richard);
  • Whenever You’re Away From Me (dueto com Gene Kelly);
  • All Over the World (a favorita do colunista);
  • Magic

De forma irônica, o colunista é obrigado a concordar que o filme não tem todo esse destaque no roteiro. Mas certamente, as canções deram um brilho todo particular ao filme. Acrescentando, houve uma adaptação deste filme, aqui no Brasil, sendo que, como teatro musical, dirigido por Miguel Falabella e protagonizado pela atriz Danielle Winits, em 2011. Deliciem-se com os clips abaixo.

 

 

 

Este foi o filme e a trilha sonora desta semana. Se gostarem (ou não) interajam conosco escrevendo suas observações por aqui. Ah, por favor, compartilhem, ok.

Até a próxima semana com mais um sucesso.

 

Wellington Lisboa.

 

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Wellington Lisboa, nascido no bairro das Laranjeiras (mas não é tricolor), formou-se e por duas vezes em Comunicação Social, nas habilitações de Publicidade & Propaganda e Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, após cursar a disciplina 'Comunicação & Cinema', com o Professor Carlos Deane, percebeu que o Cinema poderia se tornar a Sétima Arte em sua vida. O falecido Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), Heleno Alves, propôs a ideia de criar um coral. Foi quando o nosso crítico e colunista enveredou pelo caminho musical. Criado o Coral da FACHA e, logo depois, rebatizado com o nome de DANOCORO, Wellington Lisboa, construiu uma carreira musical, junto com o grupo, ao longo de quase quinze anos. Após concluir as duas habilitações, ele cursou Letras (Português - Italiano) na UFRJ mas, não terminou. Entitulando-se 'um eterno ser em busca de si mesmo', Wellington Lisboa enveredou pela graduação em Cinema, foi quando (re)descobriu que o Jornalismo caminha junto com esta arte.

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