Olá, amigos e amigas! Como está sendo a semana para vocês? Esperamos que tudo ocorra na mais plena harmonia e positividade.

Continuando com o tema de nossa coluna, Anos 80, abordamos vários filmes e várias trilhas sonoras, com filmes nos seus mais variados estilos, mais exatamente, aventura, comédia e musicais. Contudo a coluna desta semana tratará sobre um tema e um filme mais sério. Tão sério, que infelizmente, em pleno século XXI, ainda discute-se a superioridade, ou inferioridade de gêneros, quando deveríamos seguir a premissa de que realmente somos todos iguais, independente de sexo, etnia, sexualidade, religião, entre outros fatores.

Mas o tema debatido neste longa metragem, como escrito no parágrafo anterior, por mais incrível que isto possa parecer, este assunto deveria e teria que ser verdadeiramente abolido, nas culturas dos cinco continentes deste planeta, o machismo.

Vamos dar algumas pistas, fazer um pouco de suspense sobre este filme. A protagonista é interpretada por uma, respectivamente, cantora e atriz. Seu currículo musical, no mínimo, é encantador. Com mais de 68 milhões de álbuns vendidos nos EUA/USA e com 150 milhões de álbuns e singles vendidos no mundo. Como cantora, já ganhou o prêmio NME (New Music Express), na categoria de MELHOR CANTORA (1965), indicações ao prêmio Grammy Award (1978, 1980, 1981, 2012, 2015, 2017), prêmio Billboard (1998), na categoria MELHOR ÁLBUM FEMININO, indicações ao prêmio BAFTA (British Academy of Film and Television Arts), em várias categorias, como cantora e atriz, dentre elas, MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL (1978), ufa, se o colunista continuar a lista de indicações e premiações, esta coluna será dividida em várias partes.

Já perceberam que o currículo dela é tão extenso, mas tão extenso, que certamente é uma das poucas artistas a ser indicada e vencedora de uma imensidade de prêmios e em várias áreas, ou seja, Oscar (Cinema), Grammy (Música), Tony (nome original, Antoinette Perry Awards for Excellence in Theatre – Teatro) e Emmy (Televisão), sem contar, ainda na área Cinema, o prêmio Globo de Ouro.  Ainda não desconfiaram de quem seja? O filme abordado em questão, ela fez a sua estreia como diretora, roteirista e produtora, além claro, atriz.

Ok, então! Esta dama, diva do Cinema, do Teatro, da TV, e evidente, da Música, chama-se Barbara Joan Streisand, mais conhecida como, Barbra Streisand.

De origem judaica, Barbra Streisend nasceu no Brooklyn, em Nova York. Esta nativa do signo de Touro completará no dia 24 de abril, 76 anos.  Após o falecimento do pai, tornou-se uma cantora de boite já na adolescência.

Depois de todo esse suspense, vamos ao filme. YENTL (seguindo as regras da fonética, pronuncia-se IENTOL, com a letra O fechada, e não aberta) estreou mundialmente em 09 de dezembro de 1983.  Criada em uma vila judaica, na Polônia, a jovem Yentl Mendel (Barbra Streisand), filha de um professor de um dialeto judaico (o Talmude), Rebbe Mendel (Nehemiah Persoff), ensina este idioma aos meninos desta vila e, às escondidas, acaba ensinando a filha também.

Mas a cultura judaica, assim como várias outras, ainda é muito machista. E as mulheres não tinham permissão para aprender sobre as suas leis. Quando Yentl perde o pai e sentindo-se completamente sozinha, toma a escolha de sair da vila. Ela disfarça-se de homem e procura um Yeshiva. Esta palavra, de origem hebraica (ישיבה), e que em português tem a pronúncia Jessibá, são as instituições de ensino que estimulam o ensino de textos religiosos clássicos, entre eles, o Talmud e o Torá.

A metodologia acadêmica dessas instituições defende a premissa do estudo em pares, em duplas. Neste momento, Yentl, já com o nome  de Anshel, conhece o jovem Avigdor (Mandy Patinkin. Lembram-se da série HOMELAND?). Este último personagem tem uma história complicada. O irmão de Avigdor cometeu o suicídio e ainda é noivo de Hadass (Amy Irving), cujo os pais são contra este relacionamento, por acreditarem que a depressão e o sofrimento são hereditários e Avigdor terá o mesmo destino.

Barbra Streisand
Barbra Streisand – Yentl/Anshel
Amy Irving
Amy Irving – Hadass
Mandy Patinkin

Para embaraçar mais ainda a história, Yentl (Barbra Streisand) passa a ser o noivo substituto de Hadass (Amy Irving), chegando a se casar, inclusive. Mas por motivos óbvios, este casamento jamais será consumado (motivos para a época, porque hoje, alguns rabinos começam a debater o tema de forma leve e liberal até).

No elenco, além da nossa estrela, Amy Irving e Mandy Patinkin, estão Steven Hill, Miriam Margolyes, Allan Corduner e Doreen Mantle. Algumas curiosidades sobre este filme. Amy Irving conseguiu a façanha de ser indicada, por este papel, na categoria ATRIZ COADJUVANTE, ao Oscar e à Framboesa de Ouro. Para quem não conhece, este prêmio é uma versão muito bem humorada, por que não afirmar, debochada ao Oscar (nome original em inglês, Golden Raspberry Awards), com a intenção de agraciar os piores atores. Já perceberam que a interpretação de Amy Irving não conquistou boa parte da crítica. Amy Irving foi casada com o cineasta Steven Spielberg, e logo depois, com o cineasta brasileiro, Bruno Barreto.

E uma das cenas, se não, a cena de maior impacto, claro, para o colunista também, é quando Anshel, ou melhor, Yentl, conversa com o seu falecido pai, em um misto de oração e bate papo, através da canção, “PAPA, CAN YOU HEAR ME?”.  O desempenho de Barbra Streisand na cena e na canção, por favor, peguem os seus lenços, suas toalhas, enfim, preparem-se porque vocês irão chorar (inclusive, fez o colunista desabar em lágrimas).

Assistam esta cena!

Bem, esperamos que tenham gostado da coluna NA TRILHA DO CINEMA, desta semana. Por favor, compartilhem! E entrem em contato, dando suas sugestões para as próximas colunas, ok.

Um forte abraço e beijo grande à todos, e até a próxima semana!

 

Wellington Lisboa.

 

 

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Wellington Lisboa, nascido no bairro das Laranjeiras (mas não é tricolor), formou-se e por duas vezes em Comunicação Social, nas habilitações de Publicidade & Propaganda e Relações Públicas, pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso - FACHA, após cursar a disciplina 'Comunicação & Cinema', com o Professor Carlos Deane, percebeu que o Cinema poderia se tornar a Sétima Arte em sua vida. O falecido Coordenador do Núcleo Artístico e Cultural (NAC), Heleno Alves, propôs a ideia de criar um coral. Foi quando o nosso crítico e colunista enveredou pelo caminho musical. Criado o Coral da FACHA e, logo depois, rebatizado com o nome de DANOCORO, Wellington Lisboa, construiu uma carreira musical, junto com o grupo, ao longo de quase quinze anos. Após concluir as duas habilitações, ele cursou Letras (Português - Italiano) na UFRJ mas, não terminou. Entitulando-se 'um eterno ser em busca de si mesmo', Wellington Lisboa enveredou pela graduação em Cinema, foi quando (re)descobriu que o Jornalismo caminha junto com esta arte.

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