Os Filhos dos Outros, que está nos cinemas desde a última quinta (05) é um filme com muita autenticidade. A trama conta a história de Rachel (Virginie Efira) que deseja ser mãe da filha do seu namorado Ali (Roschdy Zem), Leila (Callie Ferreira Goncalves) que tem quatro anos. O longa aborda, de uma maneira realista, a dificuldade de ser madastra ou tia com sensibilidade. 

O filme tem uma construção da história muito coerente e muito bem produzida trazendo todas as emoções dos momentos do namoro até os dilemas e as dificuldades da escolha feita. É uma trama intensa em todos os sentidos e a realidade que a diretora Rebecca Zlotowski colocou na história a faz ser potente e mexer com o espectador. 

A montagem do filme tem uma edição muito correta, valorizando as qualidades que a história tem e todo os tons dramáticos que Os Filhos dos Outros leva. A trilha sonora foi muito bem escolhida e apropriada em todos os momentos e a fotografia é perfeita. 

Um grande destaque é a atuação de Virginie Efira que consegue trazer muita emoção a história e tem uma brilhante atuação em todos os momentos. Um filme com várias camadas de intensidade exige um desafio enorme para qualquer protagonista poder passar a história da maneira mais apropriada e ela o fez perfeitamente. Vale destacar também a atuação de Callie Leila Goncalves como Leila, filha do casal. 

A relação de tias e/ou madastras com ‘famílias adotadas’ não é um assunto muito comum de ser abordado, ainda mais da maneira como o filme aborda com muita responsabilidade e sensibilidade. Não é um tema fácil de abordado e o filme faz o espectador pensa e sentir junto com a personagens todos os dramas que carrega. É longa que traz um olhar importante e com uma profundidade necessária.

Os Filhos dos Outros tem muitos méritos e merece ser visto não só por isso, mas também por abordar uma situação cotidiana com muita realidade e humanidade.

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