Tem obras que criam propósitos bem interessantes e que podem acabar se desdobrando em boas obras de cinemas. Nostalgia é um filme com uma ideia simples e obra cheio de sentimento. Não é por menos que o filme foi indicado em nove categorias do David di Donatello, principal prêmio do cinema italiano: é uma obra com muita qualidade. 

O filme conta a história de Fenice (Pierfrancesco Favino), um homem que retorna a região onde nasceu na região central de Napóles após 40 anos e sente todas as transformações da região. A incursão pelo bairro Rione Sanità e o que ele sente em meio a esta volta ao passado que traz situações boas e ruins é tocante. 

A produção é muito bem construída em todos os sentidos: edição, captação das cenas, as interpretações e como a história é desenvolvida. Tudo acaba prendendo o espectador em um mar de sentimentos sobre este choque com as mudanças que uma região passou (e que os seres humanos passam) e os desdobramentos deste reencontro. 

Além de todos os méritos técnicos, Nostalgia traz uma reflexão sobre como lidamos como revistamos com o nosso passado, nos momentos bons e ruins. Independente de ser um lugar, um fato ou com uma pessoa, todo reencontro provoca surpresas, emoções e desdobramentos. É tudo que o filme de Mario Martone expressa de uma maneira intensa em uma obra-prima com muita realidade e profundidade. 

 

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