A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen) – Alemanha, 2006
Direção: Florian Henckel von Donnersmarck
Roteiro: Florian Henckel von Donnersmarck
Elenco: Ulrich Mühe, Martina Gedeck, Sebastian Koch.

Prêmio de melhor filme estrangeiro no Oscar 2007

Duração: 137 minutos

 

A Vida dos Outros é o retrato de um tempo histórico do que a classe artística sofria em Berlim de 1984 quando ainda era dividida em duas: Oriental e Ocidental, cinco anos antes da queda do murro. O filme de Florian Henckel von Donnersmarck, que assina o roteiro e direção, mostra a história através de dois pontos de vistas: de um lado temos o agente Gerd Wiesler (Ulrich Mühe) que trabalha para o governo e é um exímio espião por isso que foi convocado para esta missão e de outro o dramaturgo em ascensão: Georg Dreyman (Sebastian Koch) da qual o agente começa monitorar desde que assiste seu texto no teatro, que tem no elenco: a atriz Christa Maria Sieland (Martina Gedeck), namorada do dramaturgo e a grande heroína da peça e logo após este episódio coloca escutas em sua moradia para acompanhar sua rotina de perto.

 

A junção de dois mundos completamente adversos, em nome de um prol maior, a nação, pois o agente Gerd passa a viver os  traumas  do escritor Georg  e a orientar a bela Christa, uma grande artista, que se sente mal em trair o dramaturgo, seu grande amor,  em prol da arte, tanto que pede para não confiar mais nela, pois se submeter a chantagem, isso faz com que se torne uma espiã de governo.  Vira uma atriz cada vez mais depressiva e é o elo que une os dois personagens principais, da teia criada por Florian Henckel von Donnersmarck, como uma espécie pivô da trama.

 

Por isso que quando o dramaturgo recebe a notícia do falecimento do amigo da escrita  que o presenteou na ocasião do aniversário com: “Sonata para um Homem Bom” que se matou e fica revoltado. A partir deste fato, resolve escrever uma matéria denúncia sobre a estatística  do suicídio no país com a ajuda dos amigos, que inclusive arranjam uma máquina portátil para escrever sem deixar vestígio e esta notícia acabaria com o dramaturgo, mas Gerd altera seu relatório e transcreve que Georg está escrevendo uma nova peça sobre os 40 anos da República.

 

O fato de Gerd viver “a vida dos outros” faz com que sofra as mazelas de quem espiona. A partir do momento que passa a sentir as dores do dramaturgo, se transforma em um homem bom, um verdadeiro herói. Ao final, Georg descobre pelo governo que foi vigiado durante anos e ao investigar chega até Gerd, identificado através de um código, alguém capaz de arriscar sua carreira para ajudar um completo estranho, isso motiva o escritor a dedicar seu novo livro ao “amigo secreto”.

 

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