No Mississipi, uma menina negra de dez anos é brutalmente estuprada por dois homens brancos. Sabendo da possibilidade de ambos serem absolvidos, o pai da menina os mata com uma arma de fogo. Agora, cabe ao advogado branco Jake garantir a liberdade do pai, mesmo que para isso tenha de enfrentar uma cidade inteira composta majoritariamente por brancos racistas.

O filme levanta de forma muito interessante a questão do racismo. É mais fácil desconfiar de um branco ou de um negro? A cor da pele muitas vezes nos leva a julgamentos desnecessários sobre o caráter do indivíduo. O recente assassinato de George Floyd revela o quão nossa sociedade está longe de ser igualitária. Martin Luther King disse certa vez: “Eu tenho um sonho de que negros e brancos possam andar de mãos dadas e que meus filhos sejam julgados por seu caráter e não por sua cor”. Esse sonho está demorando a se realizar.

Em uma das cenas mais impactantes do longa, o advogado Jake, interpretado por Matthew McConaughey, descreve as atrocidades sofridas pela menina.

“Imaginem uma menina que foi estuprada, espancada, com o corpo fraturado, coberta de urina, coberta de sêmen e coberta de sangue, abandonada para morrer. Conseguem vê-la?

Em seguida concluiu,

“Quero que visualizem essa garotinha… Agora, imaginem que ela é branca”.

O argumento do advogado leva o júri a repensar seus conceitos. A obra conta com um ótimo elenco, com destaque para Samuel L. Jackson e Matthew McConaughey, que brilharam em diversos momentos do longa. A direção de Joel Schumacher também é digna de aplausos. Tempo de Matar, sem dúvida, entrou para a história da sétima arte.

Matthew McConaughey e Samuel L. Jackson são um destaque do elenco.

Tempo de Matar / 1996/ EUA / Warner Bros/ Direção: Joel Schumacher / Roteiro: Akiva Goldsman / Elenco: Matthew McConaughey, Samuel L. Jackson, Sandra Bullock e Oliver Platt / Música: Elliot Goldenthal / Cinematografia: Peter Menzies Jr.

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