A animação Luck é com certeza uma das melhores animações do ano. A ideia é falar sobre o equilíbrio da vida entre sorte e azar e acertaram em cheio em contar essa história linda de um jeito muito divertido.

A animação é dirigida por Peggy Holmes que já tem experiência com animações  como: “Tinker Bell: O segredo das Fadas”, “Tinker Bell: Fadas e Piratas” e “A Pequena Sereia: A História de Ariel”. Esse filme mostra uma evolução quanto à qualidade técnica da animação. Traços, cores e efeitos proporcionam um visual deslumbrante e nos aproxima mais da história. Peggy Holmes teve a sensibilidade de mostrar várias qualidades e defeitos que juntos fazem parte do equilíbrio da vida, do equilíbrio do mundo e sem ele, nada funciona direito.  

E por falar na história, Kiel Murray roteirizou a história criada por ela, Glenn Berger e Jonathan Aibel. Ao mostrar os elementos de sorte e azar como ponto principal da história,  bastava decidir quem seriam os personagens que desenvolveriam essa história, que tem um ponto de partida com uma situação e que precisa chegar em uma solução. A diversão está na jornada no meio do caminho onde vamos embarcando nessa história com a Jovem Sam e o gato que ela conhece, Bob. 

O gato preto que foi muito bem trabalhado, já que uma das superstições clássicas é que gato preto da azar. Tadinho dos gatos pretos.

Os dois se conhecem de forma inusitada e ela segue Bob até sua terra natal, “A Terra da Sorte”, onde residem criaturas mágicas. E nesse ponto os roteiristas aproveitaram todos os elementos de sorte e azar da cultura, superstição e religiosidade da humanidade. Temos duendes, dragões, unicórnio, trevos de quatro folhas, moedas da sorte, e foi interessante usar o verde como a cor da sorte, já que é a cor dos duendes. Sabe quando duas pessoas falam a mesma coisa ao mesmo tempo e tem que tocar em alguma coisa verde e dizer: “Verde Sorte Minha”?  Pois é, essa pode ser uma superstição brasileira, mas o verde está lá. O pó da falta de sorte é representado pelo roxo que é a cor da transformação. O que é interessante, porque a proposta do filme é mostrar que tem lugar para tudo nesse mundo.

Sam é uma personagem criada com uma construção interessante e que pode se conectar com muitas meninas de 18 anos como ela. Ela só é um tanto azarada e ao descobrir o mundo do gato Bob ela descobre mais sobre si mesma e sobre os outros. Sam tem uma das qualidades mais difíceis de encontrar, o altruísmo. Ela pensa no outro e isso é um ponto muito positivo para o filme. O gato Bob é engraçado e também aprende muito sobre ele mesmo e sobre as outas pessoas.

Para dar vida aos personagens a dublagem é fundamental!  A dublagem brasileira foi dirigida por Andréa Muricci, uma das dubladores mais experientes e competentes do nosso mercado de dublagem. Ela dirigiu a dubladora Hannah Buttel que dubla a Sam,  e o gato Bob foi dublado por Gregório Duvivier.

Os protagonistas da nossa história ganham as vozes emprestas da dubladora Hanna Buttel e do ator Gregório Duvivier. Eles  fazem com que esses personagens ganhem alma e se tornem carismáticos. Hanna Buttel tem uma voz linda e delicada, exatamente na medida de Sam precisa para ganhar forma.  Buttel tem vários trabalhos na carreira e um destaque é a paramédica Sylvie Brett de Chicago Fire.

Já Gregório Duvivier, é um ator e humorista conhecido do grande público e fez um ótimo trabalho com a dublagem do Gato Bob.

A trilha sonora é perfeita para animação, mas as canções são em inglês mesmo, nenhuma ganhou uma versão para o português do Brasil.

Temos no geral uma obra divertida que tem uma mensagem importante não apenas para as crianças, mas para toda família.

A animação “Luck” pode ser conferida no streaming Apple TV. Para quem ainda não tem a assinatura, vale a pena assinar. O valor é R$9,90, um dos mais baratos do mercado de streaming. 

 

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