Os Falbermans é uma obra de arte e um presente para  os apaixonados por cinema.

 

Esse é sem dúvida o filme mais pessoal da carreira de Steven Spielberg e com certeza entra na lista de um dos seus melhores filmes. Estamos falando de uma carreira dedicada ao cinema desde criança e hoje aos 76 anos continua fazendo obras fantásticas e importantes na história do cinema e no audiovisual como um todo, já que Spielberg também produz e escreve além de dirigir filmes para cinema, séries, animações.

Os Falbermans é um presente para sua família que conta a história de como foi seu primeiro contato com o cinema e tudo que o influenciou para se tornar quem é. Um dos pontos positivos é que a história não conta a biografia de um gênio, e sim a história de como o cinema nasceu na sua vida e o inspirou. Vemos ao longo das 2h31m vários detalhes que se tornaram parte de seus filmes como: Os gonnies, Tubarão, E.T, Indiana Jones e talvez tenha até mais referências.

A história já começa com os nomes mudados. A família Spielberg no filme passa a ser Falbermans. Todos os membros da família tem seus nomes trocados o que é algo muito inteligente porque podemos esquecer até que a história é real e embarcar em uma história de família que conquista o coração e a atenção de quem assiste.

O elenco está muito bem dirigido e para quem gosta de apreciar boas atuações Michelle Williams dá um show como Mitzi Falbermans. Assim como Paul Dano como Burt. Eles são os pais do jovem Sam (que representa Steven Spielberg). Enquanto o pai é um engenheiro elétrico que trabalhou no desenvolvimento de computadores, um gênio na sua área, sua mãe por sua vez, era voltada para artes e puro coração. Ela tinha a criatividade emocional como sua característica mais marcante. As irmãs mais novas são interpretadas por  Julia Butters  como Reggie Fabelman, Keeley Karsten  como Natalie Fabelman e Sophia Kopera como Lisa Fabelman e como já sabemos, Spielberg tem habilidade em dirigir crianças e tanto as meninas, quanto os meninos. Sam é interpretado pelo jovem Gabriel Labelle e quando criança Mateo Zoryon Francis-DeFord. Não tem como não encantar por Mateo. Vale falar também do Tio Boris interpretado por Judd Hirsch, Seth Rogen que está muito bem como Tio Benny e a participação especial de David Lynch como John Ford.  

Assim como a direção e o elenco, que são primorosos, o roteiro é muito bem desenvolvido quanto ao caminho escolhido e os personagens foram bem construídos, o que pode ajudar muito o elenco na hora de executar seu trabalho. Outras ajudas vieram da  caracterização dos personagens com figurinos impecavelmente reproduzidos por Mark Bridges, a equipe de cabelo e maquiagem que tem possibilidades de indicação para prêmios. A direção de arte conseguiu reproduzir os objetos de cena com um preciosismo impressionante. A reprodução do trenzinho elétrico, as câmeras, aparelhos de TV, as salas de cinema. Isso tudo valorizado pela fotografia  Janusz Kamiński, que já trabalha com Spielberg desde a “Lista de Schindler”. E a cereja do bolo é a linda trilha sonora de John Williams.

O resultado é um filme com beleza estética, encantador pelos personagens que nos conquistam com uma história que possamos ver e rever.

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