Um Samurai em São Paulo traz a história de um dos maiores nome do karatê no mundo: Taketo Okuda e é um relato histórico que mexe com alma de todos, praticantes ou não da modalidade.
Ele veio para o Brasil na década de 1970 e ajudou a impulsionar o esporte no país. Na década seguinte passou a ministrar aulas. Uma destas alunas é a diretora do longa, Débora Mamber Czeresnia e ela cria um paralelo de histórias com o seu mestre. Okuda deixou o Japão quando criança após o Estados Unidos jogar bombas no país e Débora é neta de sobreviventes do holocausto.
Essa ligação o torna um registro histórico sobre uma personalidade que ajudou no crescimento da modalidade. E também é um alerta para que o antisemitismo seja combtido vigorosamente já que retrata também o crescimento de ataques a judeus no mundo.
A edição é impecável na escolha do momento a serem exibido as cenas de acervo, as cenas do presente, as declarações e principalmente quando Okuda ministra suas aulas. Os momentos em que o espectador só consegue ver a ação no tatame é um momento sublime do filme.
Outro ponto alto é a forma como a mistura das histórias feitas que torna o documentário bastante coeso, ágil e que prende o espectador do início ao fim. Para fãs do karatê e de artes marciais em geral é uma ótima oportunidade de celebrar a história de um dos mais importantes nomes. Já para o público geral é a oportunidade de conhecer um grande nome do esporte que preferiu o anonimato em sua trajetória.
Okuda faleceu em 2022 e o documentário é um belíssimo trubito a quem construiu uma linda história em prol do esporte e do Brasil.
Veja o trailer: