Um dos temas mais sensíveis da transição da adolescência para a vida adulta é a busca pela liberdade, em especial a de viver de maneira independente. Outro é a busca pelas nossas raízes e a história de nossa existência. Canção ao Longe retrata de uma maneira bem autoral a ligação dessas questões existenciais a partir da história de Jimena. É um filme bem produzido e com um roteiro bem emocional e que sensibiliza o espectador. 

Dois aspectos que caracterizam a sensibilidade e a profundidade da história são os sons e as questões que ela expõe ao longo da história. Essa busca por suas origens após passar a viver longe de seus pais. Através de diálogos com pessoas próximas e por correspondências, o longa consegue trazer essas questões de maneira simples e direta. Os sons do movimento que a vida traz, as memórias que vem do seu passado e os sentimentos que ela transborda fazem do filme impactante. 

O roteiro é muito bem construído e delineado na protagonista o que torna Jimena muito próxima do espectador e que, de alguma forma, pode se sentir espelhado na história. A atuação de Mônica Maria como Jimena é impecável e faz o telespectador se emocionar com sua história. A fotografia é muito bem produzida carregando todos os aspectos que o filme propõe. 

Canção ao Longe é um filme profundo por imagens, sons, memórias e sentimentos. É um filme bem original e que tem aspectos humanos que afetam a todos nós. É um filme de 76min que passa rápido, impacta e emociona a quem assiste. E quem vê a trama, não apenas vê, acaba sentindo a história. 

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