Coisas do Amor tem uma história fascinante, com misturas interessantes e que no final rendeu um longa instigante, com boas tiradas e bem produzido. O longa retrata a história de Marvin Bosch que foge dos holofotes após uma entrevista mal sucedida e se refugiou em um teatro feminista independente LGBT que está a beira de fechar as portas, se apaixona pela dona Frieda e juntos tentam salvar o local do fim. É um filme romântico, mas também de um humor bem ácido, mas sem ser ofensivo e rico de boas sacadas e tons dramáticos interessantes.
Tem um roteiro bem construído e fez uma mistura de situações que renderam uma boa história. É um filme que fala de fama, fracasso, desconstrução e de amor de uma maneira profunda e engraçada. Os desenvolvimentos que o filme tem fazem o espectador ficar ligado para ver o desfecho da história e são interessantes.
A atuação das protagonistas (Elyas M’Barek – Marvin e Lucie Heinze – Frieda) é muito interessante trazendo muitas nuances e muitas camadas dramáticas e cômicas que o filme exige. O ponto mais importante que norteia o filme e que eles se saíram muito bem é distinguir os momentos engrançados e os dramáticos. O roteiro ajuda muito neste sentido, mas o grau de dificuldade de transitar entre estes mundos é grande e eles conseguiram dominar a história.
O longa é bem correto em vários aspectos e muito interessante de assistir por ser uma histórica romântica, mas com muitos obstáculos e desencontros que é tratado com muita sagacidade e perspicácia. A não ser que você não goste de piadas ácidas, é um bom programa ver o filme e sentir todas as emoções de como surge um amor improvável e com contornos modernos e bem menos tradicionais.
