Um longa intenso, sinuoso e muito interessante. Com estes adjetivos é possível definir Luz dos Trópicos, novo trabalho de Paula Gaitán que está em turnê com sessões especiais em diversas cidades e já esteve, por exemplo, no Rio de Janeiro e Niterói nas últimas semanas. É um filme que busca uma mistura com diários de viagem, literatura antropológica e cosmogonias indígenas de uma maneira muito particular e autêntica. 

É importante dizer que é um filme bem longo com quatro horas e 19 minutos de duração, com muitos momentos silenciosos, mas que são bons para o público poder mergulhar na obra. A diretora buscou inspiração em toda sua trajetória para fazer o longa e fez uma obra de arte muito bem construída e intensa, com um roteiro robusto, com uma montagem bem feita e uma ligação poética e muito rica dos cenários abordados no filme. 

A história tem como a pretensão de fazer um tributo as populações nativas e a vegetação das Américas e é tudo feito com profundidade e muita qualidade. É um enredo para se apreciar, sentir a história e nos silêncios e nos poucos diálogos mergulhar a fundo neste mundo que foi retratado com muita preciosidade. 

Luz nos Trópicos é uma obra-prima e quem tiver disponibilidade de poder ficar mais de quatro horas assistindo o filme terá a possibilidade de presitigar um longa rico em todas as qualidades técnicas e com um enredo arrebatador e belo. 

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