Retrata uma tragédia no ano marcado com o fim da Segunda Guerra Mundial em um pequeno vilarejo depois da guerra. A retomada de dois judeus a sua cidade natal gera um verdadeiro drama entre seus moradores, principalmente para aqueles que se acham dono da terra e comandam toda a cidade e a partir dai começa uma reviravolta na vida de seus habitantes locais que se sentem ameaçados em perder seus lares.
O filme dirigido por Ferenc Török consegue prender o espectador do começo ao fim, pois faz com que o espectador entra na história de verdade e viva aquela tragédia anunciada até as últimas conseqüências. Após o final da guerra, os “filhos” começam a retornam a pátria de origem. Porém o retorno de dois judeus da Hungria faz com que os moradores entrem em crise, ao achar que vieram reaver o que foi lhe tomados por direito. Uma frase que marca essa saga:”- A guerra acabou, mas alguns segredos não podem ser enterrados”!
A fotografia desta película é impressionante, pois mostra através de toda sua beleza, uma aparente frieza desses dois judeus que caminham sem dizer uma palavra, seguidos com uma trilha sonora que faz o público refletir, sobre o real motivo da vinda deles a pacata cidadezinha húngara. O antagonista é tão tragicomédia de tão caricato, pois ele interfere na vida de todos os moradores da vila. Szentes István interpretado com maestria por Péter Rudolf é uma espécie de manda chuva da cidade, onde todos se curvam a ele como se fosse um verdadeiro ”rei”. Manda e desmanda em todos. Tem um casamento de aparências e arranja o casório do seu filho único que é desfeito horas antes de ser consumado.
O filme parece um “novelão” daqueles bem mexicanos feitos de tantas tragédias que até nos perdemos no dramalhão.