Para quem gosta de John Wick, o capítulo 4: Baba Yaga é o mais empolgante de todos. É um filme que prende a atenção e que permite que o público aproveite mais os elementos que o filme tem.

Para começar a história é muito boa, e o roteiro escrito pela dupla Michael Finch e Shay Hatten tem um bom desenvolvimento. O Título John Wick – Capítulo 4 Baba Yaga se refere ao apelido que John Wick usava quando era assassino. E os acontecimentos dos filmes anteriores constroem o caminho para que Baba Yaga venha para comprar a liberdade de John Wick.

Dessa vez, o ritmo é melhor do que o anterior “John Wick 3: Parabelium”, nesse tem a velocidade nas cenas de ação na medida certa, proporcionando ao público uma experiência melhor.  Os diálogos nos permite observar mais as cenas.

Ponto para o editor Evan Schiff que fez uma montagem perfeita com o ritmo cadenciado e isso valorizou toda obra. É a montagem que dá a forma final ao filme e é muito bom poder aproveitar cada elemento da história.

Por causa do acerto do ritmo, podemos aproveitar mais do belíssimo trabalho da direção de arte criado por Kevin Kavanaugh. Os cenários e os elementos são impressionantes. Recomendo observar mais na cena da igreja em que John Wick (Keanu Reeves) tem uma conversa com Caine (Donnie Yen). A Igreja é linda e cheia de elementos para observar. Até a composição das velas traz uma elegância para a cena. A estética das arquiteturas dos hotéis, cozinhas e até mesmo as cenas de rua tanto no Japão, quanto na França mostra um cuidado com o filme que eleva o nível “tiro, porrada e bomba” a um outro patamar.

Outro ponto importante é a fotografia de Dan Laustsen. O diretor de fotografia dinamarquês faz parte da equipe cativa do filme, já que fez a fotografia dos filmes anteriores. A tendencia é manter o mesmo nível de trabalho, mas em Baba Yaga, Laustsen elevou seu trabalho valorizando as imagens com mais brilho e é possível ver cada elemento mesmo nas cenas mais escuras. Isso é uma vitória!  Há algum tempo venho reclamando de cenas escuras demais em alguns filmes e até mesmo séries em que não conseguimos ver direito o que está acontecendo. E Dan Laustsen mostrou que é possível fazer cenas escuras visíveis com elegância. Ele  valorizou as imagens das mais claras, passando pelas coloridas e até as mais escuras são possíveis visualizar cada elemento do filme. A estética ganhou um brilho à mais.

A trilha sonora de Tyler Bates é a cereja do bolo com 35 músicas que nos ambientam em cada cena levando o público a ter as sensações necessárias em 2h49m de um filme que nem sentimos o tempo passar. O que é difícil em um filme longo.

E falando em trilha sonora, não posso deixar de falar da coreografia das muitas lutas do filme. São ótimas cenas e foram feitas com muito cuidado e precisão.

Paco Delgado faz dos figurinos um show a parte. Os trajes de cada personagem contam uma história sobre quem são e como vivem esses personagens. O terno clássico de John Wick, as lindas roupas usadas por Rina Sawayama para dar vida a japonesa Akira é perfeita! Mostra elementos da cultura japonesa, modernidade, elegância e praticidade para algum evento surpresa. E assim vai traçando um horizonte na vestimenta de cada um.

O elenco é um show a parte!  Começando por seu protagonista Keanu Reeves que mostra uma evolução de John Wick a cada filme. A dupla Ian McShane e Lance Reddick que interpretam Winston e Charon, respectivamente, também estão no mesmo ritmo de evolução desde o primeiro filme. Já Lawrence Fishbourne que interpreta Bowery King, vem do segundo filme com muita propriedade. Os novos personagens são ganhos positivos como o amigo japonês Shimazu interpretado por Hiroyuki Sanada, pai de Akira, interpretada por Rina Sawayama, Donnie Yen que interpreta Caine, um personagem muito interessante, um assassino como John, só que cego. Ele protagoniza cenas de lutas sensacionais. O vilão da vez, é o francês Marquis, interpretado por Bill Skarsgård que mais uma vez brilha com um personagem malvado.

Posso dizer que John Wick 4: Baba Yaga é um filme de ação elegante e cheio de adrenalina que vale cada centavo do ingresso.

 

 

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