Lindo, emocionante, divertido e um grande retorno

da essência da Marvel nos cinemas!

 

O filme fecha a trilogia de Guardiões da Galáxia, que é uma das ramificações importantes do projeto MCU que forma os Vingadores. Apesar de fechar a trilogia, aqui não é o fim dos Guardiões da Galáxia, o filme deixa claro que eles ainda tem muita galáxia para proteger e muita lenha pra queimar.

James Gun dirigiu e roteirizou como se fosse uma despedida, já que assumiu as funções de CEO da DC, mas ao que tudo indica ele continuou seu trabalho com os Guardiões e deixou a porta aberta para voltar.

James Gun mostrou ao mundo, em 2014, o filme “Guardiões da Galáxia” com personagens criados por um time de autores e desenhistas da Marvel que não eram tão conhecidos do grande público e ninguém acreditava que um grupo de heróis formado por um terráqueo, um guaxinim, uma arvore que fala uma única frase, uma assassina e um grandalhão pouco inteligente daria certo, mas não é que deu! Guardiões da Galáxia  impressionou todo mundo. Atores e personagens conquistaram o público, a bilheteria, e trouxe de volta o interesse do público com a trilha sonora fantástica composta por Tyler Bates. A busca pela trilha sonora do filme virou febre e aumentou a curiosidade em quais músicas entrariam no segundo e agora no terceiro filme.

Quando Peter Quill era apenas um menino em 1984, logo após a morte da sua mãe, foi abduzido por dois alienígenas e levou apenas seu inseparável walkman e sua mochila com seus pertences todos dados por sua mãe. Ela gravava as músicas favoritas e foi o que se tornou a marca registrada do Senhor das Estrelas. As músicas se tornaram um bônus para todos os três filmes, além de acabar virando um personagem.     

A fita K7 se tornou a marca dos Guardiões da Galáxia e continua sua lista de ótimas músicas no “Guardiões da Galáxia Vol.2” e no “Guardiões da Galáxia Vol. 3” é a cereja do bolo.  Com o tempo, Quill conheceu a modernidade e as fitas K7 se lugar ao que hoje é conhecido como aplicativo de músicas. E com essa modernidade, Quill e seus companheiros conheceram novas músicas.

Logo no início do filme a música “Creep” da Banda Radiohead  mostra muito da situação que os Guardiões se encontram. Eles se estabeleceram em LugarNenhum e se tornaram protetores da população que passou a habitar o lugar. O interessante é que a mensagem sobre isso é tão importante que merece atenção e reflexão. LugarNenhum era conhecido por ser o pior lugar do submundo só com bandidos da pior espécie e ao longo da jornada dos Guardiões da Galáxia eles foram conquistando atenção, respeito, de cada cidadão e aos poucos cada um foi se tornando uma pessoa melhor até aumentar a família formada por Peter Quill, Gamora, Drax, Rockett, Mantis, Nébula e Kraglin. O lugar ficou mais organizado e regras foram estabelecidas. Nosso planeta tem lugares assim, como LugarNenhum que podem melhorar com trabalho duro, dedicação, paciência e persistência.

No segundo filme, a Ayesha (Elizabeth Debecki) fica com raiva dos Guardiões da Galáxia porque Rockett (Bradley Cooper) resolveu roubar as baterias que o grupo foi contratado para resgatar e devolver para a suma sacerdotisa. Na cena Pós-Crédito mostra ela criando Adam Warlock, um personagem conhecido desse universo. Foi então que Adam Warlock ganhou vida com o ator Will Poulter (aquele primo chato dos reis de Nárnia, o Eustáquio). Como o objetivo era se vingar do Guardião que ofendeu a suma sacredotiza, Adam vai atrás de Rockett, que também tem outro vilão querendo pegar Rockett, Alto Evolucionário, o sujeito que montou e desmontou Rockett.

Enquanto vamos conhecendo a história de Rockett, vamos vendo o que se tornou a Gamora antes de querer impedir Thanos de conquistar o mundo. Vemos também o sofrimento de Peter sem Gamora. A maturidade de Nébula, a volta da fase adulta de Groot, a doçura e carisma de Drax e Mantis que também mostram maturidade dos personagens. Eles tem um crescimento gradual muito coerente com a jornada de vida que levam. Kraglin também tem seu momento de crescer como personagem e encontrar seu ponto de força. Cosmo, aquele cachorro astronauta que conversa com Stan Lee em cenas pós-créditos, e tem aparições em Guardiões de Galáxia, ganha um espaço no terceiro filme e tem momentos muito divertidos com Kraglin e outros personagens que vivem em LugarNenhum.

Quando o diretor escreve o roteiro, o filme fica mais fluido, já que a compreensão da história fica mais precisa.  James Gunn conseguiu um entrosamento tão perfeito da história com seu elenco, que dirigir cada ator pareceu ser algo simples e natural. Todos estão muito bem.

O filme tem várias mensagens como redenção, segundas chances, afetividade, vínculos, a eterna busca de um lugar ao sol e se encontrar para seguir em frente.

O filme tem uma estética que se tornou características dos filmes de Gunn e uma beleza poética ao olhar para os personagens com um pouco mais de profundidade. O vilão é muito bem representado como aquele que quer controlar tudo e não tem escrúpulos e afetividade nem por nada e nem por ninguém, apenas focado em sua arrogância suprema. Quem interpreta o Alto Evolucionário é o ator nigeriano Chukwudi Iwuji que mostra chegar na equipe bem confortável com seu personagem. Afinal, ele já trabalhou com James Gunn em “O Esquadrão Suicida”  “O Pacificador” a série, assim como sua esposa, Jennifer Holland que também trabalhou com ele no filme e na série com o mesmo personagem,  a Agente Emilia Harcourt. Outro também que trabalhou em “O Esquadrão Suicida” é o ator Nathan Fillion (astro da série The Rookie), que em Guardiões da Galáxia 3 como Master Karja que tem um embate divertido com os Guardiões da Galáxia. Também foram escaladas duas atrizes que já fazem parte do universo dos Vingadores: Linda Cardelini que é a esposa do Barton Clint, o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e Judy Geer que é a ex-esposa de Scott Lang, o Homem Formiga. As duas aqui, apenas emprestam suas vozes para as personagens. Enquanto Linda dubla a fofa Lilla, Judy dubla a Porquinha de Guerra. Já Nico Santos, o ator Filipino-Americano de “Podres de Rico” interpreta o cientista Theel que faz par com Miriam Shor que interpreta a outra cientista Vin, o par de jarros que sempre acompanha o Alto Evolucionário.

Quanto história o filme está bem desenvolvido, com um bom texto e diálogos entre os personagens, principalmente os diálogos de Mantis quando ela funciona com o peça que sacode o grupo individualmente.   

A trilha sonora composta por John Murphy, acompanha bem o trabalho feito anteriormente com James Gunn nos filmes: Guardiões da Galáxia: Especial de Festas” e “O Esquadrão Suicida”. O  músico britânico parece ter criado uma parceria harmônica com James Gunn. A trilha conta com canções como “Creep” de Radiohead, “Dog Days Are Over” de Florence + Machine, “Badlands” de Bruce Springsteen, “Come and Get Your Love” de Redbone entre outras.

As caracterizações dos personagens como figurino e maquiagem foram impecáveis. Alexei Dmitriew chefe do departamento de maquiagem fez um belo trabalho caracterizações e os figurinos criados por Judianna Makovsky identificam  bem cada grupo e cada personagem.

Os efeitos também são bons e vale destacar os efeitos mecânicos que são bem interessantes, só não posso contar quais são para não dar spoiler.

No resumo “Guardiões da Galáxia Volume 3” é um bom filme e com certeza um dos melhores trabalhos da Marvel da fase pós Vingadores Ultimato. E podemos dizer que a trilogia mais completa do grande projeto MCU.

 

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