Todas as Mulheres do Mundo

Todas as Mulheres do Mundo (1966)/ Brasil/ 86 min/P&B

Direção e roteiro: Domingos de Oliveira

 

Protagonizado pelo veterano Paulo José e a estrela Leila Diniz

 

A estreia cinematográfica do imortal Domingos de Oliveira começou com esse memorável filme considerado um grande clássico do cinema brasileiro e que marca a trajetória de Domingos pois os personagens são tão reais que parecem dialogar com o público, sua marca registrada.

O romance do bon vivant Paulo com a bela Maria Alice, na pele do casal de protagonistas improváveis interpretados: pelo veterano Paulo José e estrelado por Leila Diniz que se esbarram sem querer numa festinha nada convencional, onde Paulo fica encantado pela beleza estonteante da professorinha Maria Alice e nem o fato da moça ser noiva desanima Paulo de conquistar o seu coração.

A aceitação do público é tamanha, pois retrata a mulher da maneira que ela é, se de um lado mostra um lado frágil e recatado e do outro os seus desejos femininos são aflorados de forma brilhante pela inesquecível atriz, pois como já dizia a música de Rita Lee: “Toda Mulher é meio Leila Diniz” e isso fica bem explicito nessa história de amor que são dos moldes tradicionais de relação amorosa. Até porque o personagem em questão, não é necessariamente um modelo de homem ideal, mas é um típico cafajeste envolvente que conquista a mulherada, porém ao estar apaixonado de verdade pela primeira vez, deixa transparecer as emoções a flor da pele e essa humanização do homem que sofre, faz com que sua amada resolva subir ao altar com ele.

O desfecho do enredo mostra a forma trágica como se conduz os relacionamentos pois após a grande descoberta do amor, o tédio do casamento acaba desunindo aquele casal idolatrado por todos como modelo de perfeição, mas Paulo em sua loucura e devaneio que depois de Maria Alice sempre haverá todas as Mulheres do Mundo.

Inclusive a série no ar no GloboPlay, protagonizado por Emílio Dantas e Sophie Charlotte, mostra mais de meio século depois que o universo de Domingos,  considerado o nosso  Woody Allen é mais atual do que nunca.

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